Resenha: A menina que não sabia ler
Autor: Hohn Harding
Editora: Leya
Páginas: 282
Sinopse:
1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?
O que dizer desse livro? Acredito ser até hoje o mais
difícil de descrever o que senti ao ler e por isso o mais difícil de resenhar.
Já li muitas resenhas positivas sobre esse livro e outras
nem tanto... Mas, aqui estou eu e sem saber se amo ou se odeio Florence e seu
mundo de fantasias e realidade.
Florence e Giles são meio-irmãos. Eles moram em Blithe House
que como ela mesma descreve, é “um grande celeiro, uma mansão de pedra rústica
com muitos cômodos [...]; uma casa desconfortável e deteriorada pela
aparência...”. E é nesse ambiente que
desenrola toda a história.
Florence perde a mãe quando ainda era criança e seu pai
acaba por se casar novamente com uma moça de personalidade forte. Ela engravida
de Giles e a vida segue normalmente, até que um dia, Florence recebe a notícia
de que seu pai e sua madrasta morreram afogados em um misterioso acidente de
barco. Agora realmente órfã de pai e mãe, ela se vê na obrigação de cuidar e
zelar pela vida de seu irmãozinho, a única pessoa de sua família.
Mas, há algo escondido que Florence precisa descobrir. Seu tio
e tutor que se mantém longe de Blither House, tem um passado secreto que pode
trazer respostas às perguntas de
Florence a respeito de sua família até então desconhecida. Ela nunca teve
nenhum contato com o tio, a não ser por fotografias. Seu tio é taxativo quanto
à educação intelectual de Florence: ela não pode aprender a ler e nem estudar.
De modo, que certo dia brincando de esconde-esconde com seu
irmão, ela descobre um mundo inteiramente novo e encantador: A velha
Biblioteca.
“Um dia estávamos brincando de esconde-esconde quando abri
uma porta estranha, uma que até então sempre estivera trancada – ou assim
pensava eu, provavelmente devido à sua rigidez, que meu eu mais jovem não
conseguiu vencer –, para me esconder dele ali, e descobri esse imenso tesouro
de palavras. A brincadeira foi logo esquecida; fui de prateleira em prateleira,
pegando um livro atrás do outro, espirrando com a poeira ao abrir cada um
deles. É claro que eu não sabia ler, mas por algum motivo isso me deixava ainda
mais maravilhada [...]”.
A partir daí, Florence começa a descobrir palavras e
pronúncias e a se maravilhar dos prazeres que uma boa leitura pode
proporcionar. Entre seus autores favoritos estão Shakespeare e Edgar Allan Poe
e ela até mesmo passa reinventar palavras como Shakespeare fazia, entre elas: “desaconchegante”,
“destificultar”, “desemocionou” e assim por diante.
O início do livro é bem cansativo, a história começa a
desenrolar com a chegada de Theo Van Hoosier, um jovem rapaz que sofre de asma
e por isso precisa passar alguns dias no campo, para respirar ar puro. Também,
com a chegada de sua tutora Whitaker e mais tarde, a nova tutora Srta. Taylor.
É mesmo com a chegada da Srta. Taylor que começa a engrenar
e a vida de Florence vira de cabeça para baixo, alternando entre realidade e
fantasias e segredos revelados. Com a
ajuda de Theo, ela embarca num labirinto sem fim para salvar a vida do irmão.
Nesse ponto, não se sabe qual o sentimento que se tem por
Florence, se é de raiva, pena, compaixão ou algum outro sentimento não descritivo.
Para quem gosta de leitura fantasiosa, drama e de leituras
que mexem com o sistema nervoso é um ótimo livro! Eu, particularmente continuo
com a mesma dúvida: Não sei se amei ou odiei. Mas, recomendo a leitura!
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não sabia ler” e será sorteado quando chegar aos 300 seguidores! Está pertinho!
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Beijos,
Até a próxima!
Oi Eyka :)
ResponderExcluirNossa eu vou começar a ler esse livro hoje e depois que você comentou que o começo é cansativo desanimei um pouco kkkkkk , mais espero gostar sinceramente , beijos !!!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )
Oi Gabriel!!
ResponderExcluirkkkk que coincidência!!! Mas leia mesmo, o gosto varia de pessoa para pessoa... vai que você não ache cansativo :P kkkk
Vou visitar o seu blog sim, obrigada pelo comentário e volte sempre!
Beijoss!
Nossa, que dúvida! Mas é uma dúvida boa? huahuahuahua. Tem livros que nos causam essa sensação mesmo, sinceramente não sei se eu iria gostar ou não desse. Aparentemente não tem nada que me faça afirmar logo de cara que eu não iria gostar, acho que só lendo mesmo huahuahua
ResponderExcluirbeijos
Kel
http://porumaboaleitura.blogspot.com.br/
Eu li esse livro e to relendo agora. Eu concordo com vc, no final vc não sabe se gosta ou nao da Florence, você não sabe mais quem é mal ou bom, sobram milhões de dúvidas. Afinal, quem é essa Srta. Taylor? Foi tudo imaginação da Florence? Florence é psicótica? Mas o livro é bom por causa disso. E eu acho que isso foi exatamente uma estratégia do autor ao escreve-lo.
ResponderExcluirAgora eu pretendo ler uma série de clássicos que variam de 1590 a 1850. Quero muuuuito ler Júlio Verne! Você já leu algum dele?
Amo o Livros e CQ! Beijos!
Oieeee meninas!!!
ResponderExcluirEntão Kel, eu classifico como sendo uma dúvida boa, porque como disse a Pietra, talvez seja essa mesmo a estratégia do autor - confundir nossos sentimentos. kkk Eu recomendo que leia, embora não tenha lhe chamado muito a atenção... vai que você também sinta esse borbulhar de inquietação. :P
Pietra, o seu "Amo o Livros e CQ" no final do comentário foi o que faltava no meu dia!!! Fico muito feliz com os comentários que recebemos e quando há uma demonstração assim de afeto pelo o que fazemos, sem dúvida é um refrigério para nossa alma! Muito Obrigada mesmo!!!! E que bom que eu não fui a única a sentir isso pela história de Florence, fiquei receosa de ser bombardeada com comentários, tipo: "Quê? Você louca?" kkkk. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de Ler nada de Júlio Verne, você tem algum para recomendar?
Beijo, Beijo, amamos muito vocês!!!!
Tenho esse livro a
ResponderExcluiralgum tempo, ganhei ele de aniversário,
e nunca li, mas sua resenha me deixou bem curiosa
Vou lê-lo em breve.
http://soubibliofila.blogspot.com.br/
Li o livro e também tenho essa duvida, amei ou odiei?
ResponderExcluirentra lá >>> http://diarioumafuturajornalista.blogspot.com.br/