Título: O Menino da Mala
Autoras: Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Páginas: 252
Classificação
Muito Bom!
Olá, tudo bem pessoal?
Hoje venho falar do livro O Menino da Mala, das autoras Dinamarquesas Lene Kaaberbol e Agnete Friis.
O Menino da Mala, é o primeiro livro da série de aventuras de Nina Borg, uma enfermeira que trabalha para a Cruz vermelha e altruísta, sempre coloca os interesses dos outros à frente dos seus. Inclusive, deixando muitas vezes um buraco em sua própria família. Mas, para ela, o importante é ''salvar o mundo'', como ela mesma diz.
E, por conta de seu altruísmo, ela se vê completamente perdida quando sua amiga Karin a convida para um encontro e quando se encontram, entrega a ela uma mala. Nina fica intrigada com as palavras da amiga: "você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está sua chance". Ela fica ainda mais intrigada, quando sente o peso da mala e logo em seguida, avista um brutamontes esmurrando o armário onde estava guardada. A partir daí, a aventura de Nina começa, pois decide sair do estacionamento o mais rápido possível e levar a mala consigo, mesmo não sabendo qual o seu conteúdo. Quando ela por fim resolve abrir a mala e se depara com um menino nu e dopado de aproximadamente 3 anos, ela fica desesperada e estarrecida. De onde veio o menino, por quê Karin o entregou a Nina? E o pior, por quê
ele estava dentro de uma mala em condições totalmente desumanas? Seria esse o caso de tráfego de crianças? Nina precisará descobrir, mas para isso, precisará mais uma vez se desprender de sua família e ir atrás de respostas. E é exatamente isso que ela faz.
Já há alguns quilômetros dali, em Vilna,
Sigita, a mãe de
Mikas acorda em um hospital totalmente desorientada. Não sabendo como fora parar ali, ela é informada que teve uma concussão cerebral e por isso não se recorda do que ocorrera. Mas, que fora encontrada caída da escada com um alto teor de álcool no sangue. Isso a intriga e muito, pois ela não bebe. Logo, vem à sua mente Mikas e quando questiona a respeito dele, é informada que está com sua vizinha. Assim que sai do hospital, Sigita vai ao encontro da vizinha para buscar o filho, porém, a mesma informa que Mikas foi levado pelo pai e por uma moça que aparentava ser sua namorada. Mas, não soube dar mais detalhes. Nessa hora, Sigita sente algum alívio, mas ele logo vai embora, quando ela liga para o ex-marido e descobre que não fora ele quem levara Mikas.
Começa aí o suspense de
O Menino da Mala. Quem o teria levado? Para onde? E o principal:
Por quê? Sigita, não se contém em ficar parada e logo procura a polícia. Mas, cético, o agente policial não acredita em seu depoimento e manda embora para a casa. Apenas na segunda vez que Sigita vai à delegacia e informa que Mikas não está com o Pai e que aparentemente foi sequestrado, é que lhe dão mais atenção e começam a lhe apoiar na procura ao menino. Mas, ela não se contenta apenas com a ajuda da polícia e decide com suas próprias forças procurá-lo. Nesse momento, torcemos e nos sentimos condoídos com a dor que essa mãe está sentindo e torcemos para que ela traga o filho de volta para casa. Mas, tudo é muito incerto.
Enquanto isso, Nina continua a sua busca por informações sobre quem é o menino, de onde ele veio e se tem alguém que o procura. Ela usa os seus próprios meios para descobrir. Mas, tudo é arriscado demais e ela se vê encurralada quando encontra sua amiga Karin morta em um chalé em uma área isolada. Ela sabe que sua vida está em risco e a do menino também.
A narrativa é envolvente, ela é alternada entre os personagens e isso torna a leitura dinâmica, pois todos os pontos são ligados. O livro não possui capítulos, mas isso não diminui em nada a sua qualidade. A diagramação é ótima, as letras são de tamanho confortáveis para os olhos.
Para quem não abre mão de um suspense policial, este livro é uma ótima pedida!
O único ponto que não concordei assim como a maioria das pessoas pelo o que li por aí, é que Nina Borg não é e não passa nem perto da audácia e astúcia de
Lisbeth Salander. Nesse primeiro livro, ela deixou um pouco a desejar, pois não soube usar bem as informações que conseguiu. Nina tem o seu temperamento, a sua maneira de ser. Mas, não acho justo compará-la com Salander. Talvez, nos próximos livros, quem sabe ela não demonstre mais sagacidade? Estou ansiosa pelos próximos livros!
Beijos e até a próxima!