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Neve na Primavera
Autor: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance
Páginas:336
Sinopse: Skoob
Avaliação:
Oi gente, tudo bem?
Ainda não tinha lido nada escrito pela Sarah Jio; na minha estante tenho Violetas de Março mas ainda não tive a oportunidade de ler. Então, a escrita da autora foi uma agradável surpresa.
Neve na Primavera conta a história de uma família em Seattle em duas épocas diferentes. Claire Aldridge é uma jornalista dos tempos atuais que está passando por um momento complicado da vida e do casamento. Vera Ray é uma camareira de 1933 que sofre pelo sumiço do filhinho de 3 anos.
Algo de extraordinário aconteceu duas vezes em Seattle em um espaço de tempo de 80 anos: uma grande nevasca atingiu a cidade no mês de maio, bem na primavera do hemisfério norte; algo muito incomum, mas que gerou uma grande matéria para Sarah Aldridge.
Para escrever a matéria para o jornal, Sarah mergulhou nas histórias de 02 de maio de 1933 e descobriu que, naquela mesma noite, durante a nevasca, o pequeno Daniel Ray sumiu do apartamento onde morava com a sua mãe, Vera Ray e nunca mais foi encontrado. Enfrentando os próprios problemas, mas com um prazo e uma boa história nas mãos, Sarah resolveu investigar o desfecho daquela história.
A autora tem uma forma muito sensível de escrever e eu adorei. O livro tem algo que sempre me atrai: passado e presente. Os capítulos são alternados, ouvimos as vozes de duas grandes mulheres: Vera Ray, em 1933 e Claire Aldridge, nos dias atuais.
A cada capítulo nos aprofundamos ainda mais na história de vida de Vera Ray, como ela encontrou o amor junto a um dos homens mais ricos de Seattle e a ruína com o sumiço de seu filho, o pequeno Daniel Ray. Ao mesmo tempo, acompanhamos os problemas de Claire, que se fechou em seu próprio sofrimento e observava de longe o seu casamento ruir cada vez mais.
O livro é comovente e me fez chorar em muitas oportunidades, ainda não sou mãe, mas posso imaginar como Vera Ray ficou com o coração em pedaços ao retornar de seu trabalho no hotel e não encontrar o seu filho dormindo como deixara ao sair algumas horas antes.
A história de Daniel Ray e sua mãe precisava ser contada e o destino daquele menino de 3 anos perdido na nevasca da primavera de 1933 merecia um desfecho. Enquanto Claire cuidava de narrar os fatos em sua matéria, os ferimentos de seu coração iam, pouco a pouco, se fechando.
Os problemas de Claire também não eram poucos, entendo que ela estava passando por um momento delicado da vida mas, em algumas vezes, ela me irritou um pouco. Não lutava para reestruturar o casamento e o amor próprio, apenas observava o marido cada vez mais distante e nada fazia, o que me fez gostar mais dos capítulos narrados por Vera Ray do que os de Claire Aldridge.
Acabei o livro querendo muito conhecer outras histórias escritas por Sarah Jio que tem uma forma de escrever que me conquistou. A leitura é rápida e flui muito bem. Sei que esse mês a Editora Novo Conceito publicou um novo livro da autora, O Bangalô, e eu não poderia estar mais ansiosa para conhecer mais uma história de Sarah Jio.
Espero que gostem.
Com carinho,