Fazendo as pazes com o corpo
Autora: Daiana Garbin
Editora: Editora Sextante
Gênero: Desenvolvimento Pessoal
Páginas: 168
Sinopse: Skoob
Avaliação:
Fazendo as pazes com o corpo é um livro que ao terminar de ler eu senti vontade de dar de presente para todas as mulheres que conheço, pois além de falar sobre o problema que a autora Daiana Garbin passa, todas as mulheres em algum momento da vida, se bobear até hoje. quando se olha no espelho ou veste alguma roupa já critica o corpo, ou todo ou algumas partes que não nos agradam.
Ela então começa relatando desde sua infância os problemas que tinha com a imagem, ela sempre se achou gorda, não gostava de mostrar seus braços e sempre fazia dietas muito restritivas e sempre fazia uso de remédios, inibidores de apetite, laxantes, diuréticos para tentar emagrecer, mas o problema da Daiana é que ela sempre gostou de comer, então as vezes metia o pé na jaca e comia tudo que queria e ai depois batia aquele arrependimento e voltava a estaca zero novamente.
Até descobrir o que de fato ela tinha, ela sofreu praticamente mais de 20 anos, e não pense você que foi apenas frescura, ela de fato tem um problema de distorção de imagem e realmente isso existe e ainda para ajudar ela foi repórter da TV Globo por anos e lá também pediam para ela emagrecer pois o vídeo engordava. Ou seja ela que tinha distorção da imagem ficou achando que não era da cabeça dela se achar gorda ela realmente era.
No livro ela aborda todos os problemas que ela enfrentou na vida pessoal e profissional em relação a peso e também nos alerta o tempo inteiro o que a gente pensa sobre as imagens que vemos, afinal todo mundo quer ficar um pouco mais magro, e ai seguimos as vezes uma pessoa famosa que tem um corpo escultural mas as vezes esquecemos o que vem atrás de uma simples foto.
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Só que nos esquecemos de um detalhe: as pessoas que seguimos nas redes sociais em geral publicam uma ou duas fotos por dia. É uma vida editada, é só a melhor parte, só poucos segundos do dia daquela pessoa, em que ela se arrumou, pousou, escolhe o melhor ângulo, a luz, a roupa...(Tenho certeza de que você também escolhe o seu melhor ângulo quando tira uma foto. Ou vai me dizer que não escolhe a melhor fotografia quando vai postar algo? Todo mundo faz isso!) Quando você olha aquela imagem, tem a impressão de que a vida da pessoa é maravilhosa, alegre e cheia de glamour. Mas me diga: e o resto do dia? E os outros "ângulos"? E os outros momentos que não foram fotografados? Quem garante que aquela pessoa é feliz daquele daquele jeito o tempo todo?
As vezes passamos várias horas do dia vendo as redes sociais daquelas mulheres que tem o corpo lindo e maravilhoso e nos achando fracassadas porque não conseguimos ter também aquele corpo maravilhoso e fracassamos na dieta e não conseguimos controlar uma vontade de comer algo que a gente gosta muito, e na verdade na maioria das vezes essas pessoas famosas sofrem muito tendo que fazer dieta, as vezes até editam a foto e além do mais não existe nenhum produto milagroso que ela tomou e fez ficar linda e maravilhosa, muitas vezes ela está fazendo a propaganda do produto e ganhando dinheiro para fazer a propaganda.
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As pessoas não postam os momentos ruins, ninguém diz que fracassou em uma dieta. Só publicam a parte boa da vida. E nós ficamos com a impressão de que nossa vida é horrível, porque comparamos o nosso pior com o melhor "melhorado e editado" dos outros. Por trás daquelas fotos de praia, felicidade e glamour há muita coisa, inclusive trabalho duro, sofrimento, problemas, fracassos, contas para pagar e as mesmas dificuldades que existem na rotina de qualquer ser humano.Então, por favor, pare de comparar ao que vê nas redes sociais.
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A maioria dos jovens desconhece o caráter altamente lucrativo desses perfis e não sabe que esses posts são patrocinados. É difícil dizer como todas essas questões vão impactar cada pessoa, já que isso depende de configurações psíquicas individuais. Mas podemos perceber que elas vão na contramão das ampliações de possibilidades de vida e de recursos psíquicos. São conteúdos limitados, asfixiantes e ilusórios."
Daiana mostra que muitas vezes ela deixou de ser feliz ou aproveitar alguma ocasião seja com amigos, familiares ou até mesmo o marido porque achava que só ia poder fazer algo melhor se conseguisse ser magra e ter o peso que sempre desejou, ela evitava ir a praia, colocar biquíni e mesmo quando estava magra via que no fundo não era feliz, sempre tinha algo faltando e mesmo com o peso que achava ideal ainda assim se via gorda, problema da distorção de imagem.
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Fazer as mulheres se sentirem feias, gordas ou inadequadas é uma das estratégias usadas pela indústria da beleza para aumentar ainda mais seus lucros. Quanto menos gostarmos do nosso corpo, mais dinheiro vamos gastar com produtos e tratamentos para tentarmos ficar mais magros e bonitos.
O mercado brasileiro é o único que vende tamanhos padrões, se você passa um pouco do manequim 46 você já precisa ir correndo para uma loja especializada em tamanhos maiores além de pagar mais caro nem sempre é bonito, enquanto lá fora é muito fácil achar diversos tamanhos diferentes em lojas de roupas normal. Aqui no Brasil as lojas e mídia também "ajuda" a fazer com que a gente se sinta mais feia, gorda e fora do padrão.
Aos poucos ela vai inserindo algumas dicas, e como ela está conseguindo lidar com o seu problema em relação a comida.
Inclusive ela fala que quando estamos em uma dieta muito rigorosa é comum o cérebro logo de imediato fazer com que a gente sinta mais fome que o normal porque se estamos ingerindo menos calorias o corpo já guarda um estoque de gordura para não sofrer lá na frente.
Então ela agora diz comer tudo que tem vontade mas começar a analisar e perceber se é fome ou vontade e quando se sentir satisfeita parar de comer.
Página 104Lógico que nada é tão fácil, ainda mais para ela que sempre teve sérios problemas com peso e comida, e isso que é legal no livro porque ela fala a verdade, muitas vezes vamos conseguir e muitas outras vezes não vamos conseguir mas nem por isso a gente pode ser maldoso com a gente mesmo, precisamos amar nosso corpo como ele é e respeitar as curvas que existem afinal nenhum corpo é igual ao outro.
A permissão incondicional para comer é quase sempre mal compreendida porque pensamos que está tudo liberado! Não é isso. Permitir-se comer de maneira incondicional é comer os alimentos que você gosta, comer quando está com fome e parar quando estiver satisfeito.
Página 104E outra coisa muito importante é tentar fazer uma terapia, ou passar com psicólogo para saber as emoções que sentimos , tentar entender a causa real de querer comer, porque muitas vezes jogamos sentimentos seja de frustração ou até mesmo ansiedade, raiva e felicidade na comida e comemos por isso, sendo que se soubermos identificar o que sente muitas vezes a comida não teria nenhum papel nessa história e assim conseguiríamos nos amar do jeito que somos e comer de forma natural, nada exagerado.
Perder peso não conserta a vida de ninguém. O que vai melhorar sua vida é analisar seus pensamentos, suas crenças, seus julgamentos e seus preconceitos e refletir sobre a importância de está dando à comida. A alimentação equilibrada do ponto de vista físico e emocional está diretamente relacionada à maneira como você lida com seus sentimentos.
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Nunca se esqueça de que não há motivos para você sentir vergonha do seu corpo nem da pessoa que você é. Quando realmente compreender isso, no fundo do seu coração, você vai conquistar as coisas que deixou de buscar por não se sentir adequada. Vai deixar de se sentir inferior aos outros. Vai olhar todo mundo nos olhos, de cabeça erguida.
Gostei muito do livro e acho que todas as mulheres devem e precisam ler para ter uma nova relação com seu corpo e também com a comida.
Beijos
Até mais!
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