
Hoje é dia de conhecer mais um livro nacional :
"Rumor"
Ser ou parecer? Faz diferença no mundo das celebridades? Foi um mal entendido que levou o nome da modelo Dalila Arce aos principais sites de fofoca, apontada como a nova namorada do roqueiro internacional Zac Cullum, que ela nunca viu na vida. Com o rumor, vieram os convites para vários trabalhos e muita bajulação. Como ela poderia desmentir tudo com tantas portas se abrindo? Da noite para o dia, Dalila se torna o nome do momento e se vê obrigada a administrar uma rede de mentiras que cresce mais ainda quando, de fato, conhece o cantor. A mídia já fala em casamento. Será?Uma história sobre uma garota que se deixou levar e perdeu o controle – e a noção! – do que é verdadeiro ou falso, incluindo seus próprios sentimentos.
Confira agora o bate papo com o autor:
Nome: Leonardo Torres
Idade: 27 anos
Cidade Onde Mora: Rio de Janeiro
Como surgiu a ideia de escrever "Rumor" ?
Comecei a cultivar o desejo de escrever algo sobre o universo das celebridades, o ideal que as pessoas fazem dos famosos, o ideal que essas personalidades tentam construir sobre si mesmas, enfim. Não lembro como surgiu para mim a personagem principal, Dalila, que é uma modelo que deixa uma notícia falsa sobre si ganhar força e guiar sua vida, para se dar bem. Mas ela, para mim, representa o que vejo a maioria das pessoas fazendo nas redes sociais: editando as próprias vidas, apresentando a melhor versão de si e de sua rotina, de maneira autoficcional. Quando tive esse estalo, fiquei empolgado para escrever.
Quanto tempo demorou para a história ficar pronta?
Um bocado, porque eu não podia me dedicar integralmente a ela. Fiz o primeiro capítulo em 2012, quando ainda divulgava meu livro anterior, "Condenáveis", e escrevi boa parte em 2013, quando estava desenvolvendo a monografia da pós-graduação. Foi um processo intermitente. Acabei em 2015, e tive que abrir mão do Carnaval para ficar todos os dias em casa escrevendo direto, senão demoraria mais. É um livro de quase 500 páginas, que acontecem muitas situações, então foi trabalhoso, em termos de tempo.
O que o leitor pode esperar de "Rumor" ?
Eu costumo escrever nas dedicatórias algo como "que esse livro te divirta e inspire reflexões". Acredito que podem esperar isso. É uma história que, como seu tema, se mascara de superficial para levantar tópicos importantes e inquietantes. Verdade, mentira, vidas de aparências, oportunismo, valores, egocentrismo, rivalidade... Todos esses debates estão lá, de maneira palatável.
"Rumor" tem chances de virar uma série?
Tudo dependerá de quantas pessoas lerão e pedirão por isso. A trama tem início, meio e fim, mas deixo aberta a possibilidade de continuação, sim. A Dalila é jovem e uma personagem muito rica, com muito potencial. Embora não tenha planos de escrever a sequencia, não descarto a possibilidade, gostaria de reencontrá-la de novo. Sim, falo como se ela existisse. Pra mim, existe.
Você tem algum autor ou autora ou livro preferido que de alguma maneira te inspirou a escrever "Rumor" ?
Nenhum autor me inspirou a escrever "Rumor", mas eu li muito sobre o universo da moda antes de começar a escrever. Precisava entender melhor como funciona, pegar os jargões, etc. e tal. Li a biografia de John Casablancas, os livros das modelos Michelli Provensi e Alek Wek e algumas ficções que se passavam no mundo fashion. Mas tudo foi resultado de uma pesquisa posterior ao desejo de escrever essa trama.
Se "Rumor" pudesse ter uma trilha sonora qual música você escolheria?
O livro é bem musical, por conta do roqueiro com o qual Dalila se envolve. Eu escrevi muitas partes mencionando músicas, mas acabei cortando todas na revisão final, para não ficar datado. Só permaneceu "We Found Love", da Rihanna, se eu não me engano: toca quando o casal se conhece. Mas, agora que você me perguntou isso, pensei logo nos Strokes. A música "I'll Try Anything Once" faz total sentido: casa muito com a história da Dalila. Se o livro virasse filme, eu ia querer que tivesse "I'll Try Anything Once" lá. Quem não conhece, dê um Google aí.
Você segue carreira apenas como escritor ou tem outra profissão?
Sou jornalista cultural. Escrevo sobre música pop e teatro. Isso me inspirou um pouco para essa história também. A fofoca flerta com esses segmentos, e a imprensa marrom tem um papel importante em "Rumor": traz um olhar externo sobre Dalila. O livro é narrado por ela mesma - o que foi um desafio para mim: assumir a voz de uma mulher e mais jovem que eu - mas volta e meia aparecem notícias sobre ela no texto, dialogando com a história. É uma parte engraçada do livro, essa da imprensa.
Deixe uma mensagem para nossos leitores:
Só de vocês terem lido essa entrevista, já fico feliz pela atenção. Espero ter despertado o interesse de vocês por "Rumor" e pela Dalila. É muito bom ter espaços como esse, em que autores nacionais desconhecidos - meu caso - possam expor seu trabalho. O primeiro capítulo do meu livro está no meu blog, então deem uma olhada também: https://falaleonardo.com/2017/01/10/primeiro-capitulo-do-meu-livro-novo-rumor/
Quem estiver interessado em ler o seu livro onde pode comprar?
Ele pode ser adquirido no site da editora Multifoco, http://editoramultifoco.com.br/loja/product/rumor, e em breve em mais lugares. Quem comprar e ler, maque no Skoob para ajudar na divulgação. Depois, comentem o que acharam!
Espero que tenham gostado de conhecer mais um autor nacional!
Beijos
Até mais!
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